A primeira impressão que o mercado tem sobre a migração AM-FM é de que ela é algo positivo apenas para as emissoras AMs que estão participando do processo, afirmação que ainda é discutível por alguns. Porém ela tem revelado uma “oportunidade de ouro” para o rádio brasileiro. Qual? A possibilidade do meio diversificar as opções de conteúdo para os ouvintes e o mercado publicitário, seja em mercados maiores como também em praças de tamanhos mais modestos. Com o “congestionamento” de alguns gêneros/tipos de programação, alguns radiodifusores estão optando por outras alternativas de públicos como alvo.
Essas possibilidades são vistas principalmente naqueles grupos de comunicação que já contam com projetos de rádios mais “abrangentes” ou “populares” estabelecidas no dial FM. Com a migração de suas AMs, tem se optado por “explorar outras frentes”, ampliando assim a oferta de conteúdo para o ouvinte. Talvez o exemplo mais gritante tem ocorrido em Uberlândia, mercado que está longe de ser pequeno em população (cerca de 700 mil habitantes no município): as duas primeiras migrantes AM-FM optaram por perfis que não eram explorados de forma comercial na cidade mineira.
Mas isso não fica à grupos com mais de uma FM ou AM. Migrantes AM-FM “sozinhas” também tem apostado em outras “frentes”, considerando que as primeiras escolhas nos formatos de conteúdos já são exploradas em suas praças. Elas não vão “brigar” pela maior fatia do bolo, mas provavelmente vão trazer novos ouvintes para o rádio, uma das bandeiras levantadas por quem defende uma maior “segmentação” do meio. Novos ouvintes também reflete em novos anunciantes, segmentos do comercio que até o presente momento não se interessam pelo rádio praticado numa determinada localidade.
Então a palavra de ordem é correr para o outro lado? Não necessariamente. A primeira pergunta que se deve fazer é se o seu conteúdo atual é relevante e como ele irá se comportar na faixa FM. Pesquisas locais podem ajudar a desvendar essa situação, além de apresentarem possíveis cenários que não estavam tão claros assim. Conhecer e entender o atual momento da audiência de rádio na praça em questão também é fundamental. E as “não-migrantes”, FMs que já estavam no dial, também tem a oportunidade de se atualizarem e fortalecerem as suas presenças perante as novas concorrentes. Movimentação com estudo é sempre algo bom.
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Rádio, migração AM-FM, audiência, universo de ouvintes, projetos, possibilidades