Segunda-Feira, 27 de Janeiro de 2025 @ 08:59 41p60
Brasília - O encontro reuniu milhares de comunicadores de 138 países na Sala Paulo VI, no Vaticano, durante as celebrações do Jubileu Mundial das Comunicações
Na última quarta-feira (22), o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), Flávio Lara Resende, entregou ao Papa Francisco uma réplica do rádio capelinha, em uma audiência reservada no Vaticano, na Itália. O encontro ocorreu durante as celebrações do Jubileu Mundial das Comunicações, parte das atividades do Ano Santo Católico, reunindo radiodifusores brasileiros e membros da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR).
A réplica entregue ao Pontífice representa a história e a relevância da radiodifusão no Brasil. O modelo capelinha foi amplamente utilizado pelas famílias brasileiras nos anos 1940 e, em 2022, tornou-se símbolo das comemorações pelos 100 anos do rádio no país. "É uma honra imensa poder representar a ABERT neste momento tão especial. A radiodifusão tem um papel fundamental na sociedade e levar a voz da ABERT até o Papa é um reconhecimento do trabalho que realizamos. É um dia histórico", afirmou Flávio Lara Resende.
O diretor de Relações Institucionais e de Projetos Especiais da Globo, André Dias, representou o presidente da AIR e conselheiro da ABERT, Paulo Tonet Camargo, na entrega do rádio.
Flávio Lara Resende entrega réplica do rádio capelinha ao Papa Francisco - Foto: Vatican Media
Papa Francisco destaca importância da comunicação no Jubileu dos Comunicadores
Durante o evento, o Papa Francisco enfatizou a importância da comunicação na sociedade, descrevendo-a como "divina" e destacando a necessidade de sabedoria para exercer essa função com responsabilidade e verdade. O encontro reuniu milhares de comunicadores de 138 países na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Em discurso improvisado, Francisco ressaltou que comunicar é "sair um pouco de nós mesmos para dar algo ao outro" e enfatizou a comunicação como um elemento essencial na construção da sociedade. Ele também prestou homenagem aos jornalistas que perderam a vida no exercício da profissão e pediu liberdade para os profissionais detidos por exercerem sua atividade. "A liberdade deles é a liberdade de cada um de nós", declarou o Papa, reforçando a necessidade de garantir uma imprensa livre e responsável como patrimônio da humanidade.
Francisco também abordou a importância da coragem no jornalismo, destacando a necessidade de contar histórias de esperança e promover informações que contribuam para o bem-estar social. O Papa alertou sobre os desafios da era digital e defendeu a "alfabetização midiática" como forma de combater a desinformação e promover um pensamento crítico.