Debate sobre padrão de rádio digital no Brasil marca útimo dia do congresso da Amirt 421q1f

O encontro entre os dois sistemas de rádio digital que poderão ser adotados no Brasil, Iboc e DRM, abordou temas polêmicos e ainda incertos, como o futuro do rádio AM no último dia do 10º Congresso Mineiro de Radiodifusão, realizado pela Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), no Minascentro, em Belo Horizonte. As empresas expam seus pontos fortes para assumir o padrão de rádio digital no país.

O representante da Iboc no Brasil, Jonh Schneider, afirmou que nos Estados Unidos, as emissoras em AM's estão perdendo audiência a cada ano. “Vai ser difícil para todas as emissoras AM, mas estamos comprometidos em não abandoná-las”, definiu Schneider.

Outro assunto recorrente foi o questionamento em relação das rádios com os receptores. Para o representante da DRM, Carlos Acciari, “o Brasil terá que mudar a cultura do ouvinte de rádio”. Segundo ele, a batalha para o rádio digital será ganha não na transmissão, mas na recepção.

Esclarecendo ainda sobre os testes realizados neste momento no Brasil com os sistemas de rádio digital, o representante do DRM conclui que o melhor é avaliar e decidir pelo sistema que melhor se adapta à realidade nacional. “Os testes serão feitos, mas não a título de comparação entre os dois modelos. Como já disse Schneider, temos maçãs e laranjas, não podemos compará-las”., enfatizou Acciari.

Encerrando a manhã de sexta-feira, as relações entre o Ministério das Comunicações e o radiodifusor foi o tema da palestra da advogada Vanda Jugurtha que mostrou como é difícil e moroso o processo de pedido de concessão de rádio. Segundo ela, a burocracia é intransponível, atrasa e dificulta os resultados para os donos de emissoras de rádio.

Em contrapartida, o representante do Ministério das Comunicações Fábio Fonseca expôs como as mudanças vem trazer melhorias para os radiofusores e modificações que agilizam ambos os lados nas tramitações nos processos de renovação de outorgas e novas concessões. Fábio disse ainda que projeta-se um novo panorama de envio dos processos e documentação regulatória para o Ministério, diminuindo assim protocolos e eliminando de etapas.

Com informações do site da Amirt.