O Ministério das Comunicações pretende concluir sua análise técnica sobre a escolha do padrão digital para o rádio até o final do ano. A informação é do secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Minicom, Genildo Lins, que presidiu a primeira reunião do Conselho Consultivo do Rádio Digital que aconteceu nesta terça, 23.
A escolha do padrão digital para o rádio é, de fato, um assunto que se arrasta desde o governo Lula, quando o Minicom era comandado por Hélio Costa. Muitos dos testes que serão debatidos pelo conselho consultivo são dessa época. Hélio Costa deixou a pasta sem que fosse tomada uma decisão.
Segundo Lins, como o espectro usado para o rádio não está congestionado e a faixa não é pleiteada por nenhum outro serviço, a digitalização do rádio não será obrigatória como na TV. Os planos iniciais do Minicom não incluem, em princípio, a digitalização das ondas curtas e ondas tropicais, usadas por cerca de 60 emissoras em todo o País principalmente para atingir as áreas mais remotas. "Nem sei se tem transmissor digital em ondas curtas no mercado. Não adianta a gente tomar uma decisão e depois ela ser inexequível", disse Genildo Lins.
Entretanto, Eduardo Castro, diretor geral da EBC, pediu que fosse discutida a digitalização dessas frequências também. "Pela quantidade de cartas que a gente recebe, sabemos que a nossa audiência é muito grande não só na Amazônia", afirma ele em referência à Radio Nacional da Amazônia, controlada pela EBC.
Ele reconhece que uma eventual digitalização dessas transmissões deveria ser precedida por uma política pública que contemplasse a troca dos rádios analógicos por digitais. "Essa é uma questão de Estado. Temos que levar em consideração que o público é de baixa renda e de comunidades afastadas", disse ele.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Abert
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